Palmeiras passa pelo Atlético-MG e está de novo na final da Libertadores

Palmeiras passa pelo Atlético-MG e está de novo na final da Libertadores

O Palmeiras poderia jogar melhor com o elenco que tem? Possivelmente. O técnico Abel Ferreira deveria exigir um futebol mais bonito de sua equipe? Talvez. São vários questionamentos em relação ao trabalho do treinador e seus comandados ao longo desta temporada. Mas uma coisa é certa: o Verdão é um time cascudo, difícil de ser batido. É “copeiro”, uma gíria comum em outros países sul-americanos que se refere a quem é persistente. E foi com esse espírito que o atual campeão da Copa Libertadores da América avançou à final pelo segundo ano seguido. A vaga na decisão veio com o empate por 1 a 1 com o Atlético-MG na noite desta terça-feira (28), no Mineirão. No duelo de ida, as equipes haviam ficado na igualdade sem gols no Allianz Parque na semana passada, quando Hulk chegou a desperdiçar cobrança de pênalti.

O Palmeiras agora espera na decisão o Flamengo ou o Barcelona de Guayaquil, que se enfrentam na noite desta quarta-feira (29). O Rubro-Negro tem a vantagem por ter vencido o jogo de ida por 2 a 0 na semana passada, no Maracanã.

No duelo desta terça, o primeiro tempo foi bastante movimentado, mas os dois gols só saíram na etapa final. Vargas abriu o placar para o Atlético-MG aos seis minutos, e Dudu empatou para o Palmeiras aos 22 minutos. O 1 a 1 foi suficiente para o Verdão, porque na Libertadores há o critério do gol qualificado fora de casa. E o Galo se despediu do torneio sem ter perdido ao longo de toda a campanha.

O jogo

Do lado do Atlético-MG, o técnico Cuca não pôde contar com Diego Costa, que lesionou a coxa esquerda no duelo de ida na semana passada. Vargas foi o escolhido pelo treinador para começar a partida.

No Palmeiras, o técnico Abel Ferreira apostou numa linha defensiva com cinco jogadores. Em relação ao confronto de ida, o zagueiro Renan e o volante Danilo entraram nas vagas do meia Zé Rafael e do atacante Luiz Adriano.

O objetivo alviverde era claro: armar um bloqueio contra o poderoso sistema ofensivo atleticano e tentar sair em contra-ataques com Rony e Dudu. Apesar de uma escalação mais defensiva, o Palmeiras não ficou apenas no aguardo do adversário, como aconteceu no Allianz Parque.

O confronto foi bastante disputado na etapa inicial, com boas chegadas de ambos os lados, mas sem finalizações a gol, tanto que os goleiros pouco apareceram. O Atlético-MG levou perigo ao aproveitar-se de erros individuais do rival, enquanto o Palmeiras teve a melhor chance do primeiro tempo com Piquerez, que chutou cruzado à esquerda da meta de Everson.

O segundo tempo começou elétrico. Logo de cara Hulk arriscou de fora da área, a bola quicou, e Weverton fez boa defesa. Aos seis minutos, porém, o goleiro palmeirense nada pôde fazer: Jair cruzou na medida da direita e Vargas subiu às costas de Marcos Rocha e mandou de cabeça para abrir o placar.

Mesmo com a vantagem, o Atlético-MG continuou pressionando. Já o técnico Abel Ferreira decidiu esperar para mexer na equipe. Vargas perdeu ótima chance na frente de Weverton. Do outro lado, Rony também ficou cara a cara com o goleiro, mas viu Everson salvar o Galo com a palma da mão esquerda.

O tempo passava, e nada de Abel Ferreira deixar a escalação do Palmeiras mais ofensiva. Só que o português mostrou que tem estrela. Gabriel Veron entrou no lugar de Rony, numa substituição que manteve a formação da equipe no 5-3-2. 

Quando muitos palmeirenses já pensavam em cornetar a troca de um atacante por outro, Gabriel Veron aproveitou lançamento de Piquerez, ganhou de Nathan Silva e cruzou rasteiro para Dudu completar para o fundo da rede aos 22 minutos. Jogo empatado no Mineirão, e vantagem do Palmeiras.

O Atlético-MG tentou pressionar de todas as formas, no embalo dos cerca de 18 mil torcedores presentes no Mineirão que cantavam “eu acredito”. Mas o Verdão é um time que sabe se defender muito bem e conseguia afastar o perigo. E está novamente na final da Libertadores. 

Bruno Bairros

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