Mais de 100 empresas de transporte param para cobrar reajuste no preço do frete após aumento do combustível

Mais de 100 empresas de transporte param para cobrar reajuste no preço do frete após aumento do combustível

Empresários afirmaram que haverá a suspensão do carregamento de diversos produtos, por tempo indeterminado, até que consigam negociar o valor do frete.

Donos de empresas de transporte localizadas em Sinop e Sorriso, no norte do estado, anunciaram, nesta terça-feira (9), um movimento de paralisação para reivindicar o ajuste no preço do frete dos produtos. Mais de 110 empresas da região fazem parte do movimento.

O objetivo, segundo os manifestantes, é chamar a atenção das empresas do agronegócio para o aumento de vários custos nesse período de pandemia, como o combustível diesel, que teriam que ser repassados no frete.

De acordo com o movimento, que surgiu de forma espontânea, pelos próprios empresários autônomos, não haverá bloqueio da BR-163 e de nenhuma outra rodovia.

Os empresários do setor afirmaram que nesse período ficará suspenso o carregamento de diversos produtos. A paralisação segue por tempo indeterminado, até que consigam negociar o valor do frete.

 

Aumento do combustível

 

O preço médio da gasolina nos postos subiu 2,25% na semana passada, chegando a R$ 6,710 o litro, de acordo com levantamento divulgado nessa segunda-feira (8) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Por conta do reajuste, o preço do litro do diesel subiu 2,45% nos postos brasileiros na semana passada, chegando a uma média de R$ 5,339.

A escalada de preços é reflexo do reajuste no valor da gasolina e do diesel feito pela Petrobras e em vigor desde 26 de outubro.

 

Inflação do motorista

 

Com o preço da gasolina, do gás natural (GNV) e do etanol em alta, a inflação para o motorista no Brasil disparou e já chega a 18,46% no acumulado em 12 meses até outubro, segundo um levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). É a maior inflação para esse grupo desde 2000.

O principal ‘motor’ desse aumento é a desvalorização do real. Até a última sexta-feira (5), o dólar – moeda à qual o valor do petróleo é atrelado – acumulava alta de 6,40% sobre o real este ano.

Bruno Bairros

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *