Departamento de Estado americano afirmou que decisão foi tomada ‘devido à ameaça persistente de uma operação militar russa’ no país. Otan vai enviar tropas, aviões e navios ao leste da Europa.
Em meio à escalada de tensão da Rússia com a Ucrânia, os governos dos Estados Unidos, do Reino Unido e da Austrália começaram a retirar as famílias dos funcionários de suas embaixadas em Kiev, a capital da Ucrânia, e a Otan anunciou que vai enviar mais tropas para o leste da Europa.
Os países temem que a Rússia invada novamente a Ucrânia . O governo russo posicionou mais de 100 mil soldados na fronteira e tem feito exercícios militares com Belarus, outro país vizinho que fazia parte da União Soviética, mas nega que vá promover uma invasão à Ucrânia.
O Departamento de Estado americano afirmou no domingo (23) que a decisão foi tomada “devido à ameaça persistente de uma operação militar russa” no país vizinho.
O comunicado do governo dos EUA diz também que funcionários não essenciais da embaixada podem deixá-la se desejarem e recomenda aos cidadãos americanos que residem na Ucrânia que “devem agora considerar” deixar o país em voos comerciais ou outros meios de transporte.
A embaixada dos EUA afirmou que “ação militar da Rússia pode acontecer a qualquer momento” e que autoridades “não estarão em condições de evacuar cidadãos americanos em tal contingência”. “Portanto, os cidadãos dos EUA atualmente presentes na Ucrânia devem se planejar”.
A Embaixada britânica já começou a retirada das famílias e disse que a medida inclui não só os dependentes, mas também funcionários não essenciais.
O governo da Austrália passou a alertar seus cidadãos para não irem à Ucrânia e pediu aos australianos que deixem o país por meios comerciais. “Os serviços consulares e nossa capacidade de fornecer assistência consular aos australianos podem ser limitados devido às circunstâncias locais”.
Os anúncios ocorrem dias após os chefes da diplomacia dos EUA e da Rússia, Antony Blinken e Sergey Lavrov se reunirem para discutir a crise da Ucrânia. No fim de semana, foi a vez dos ministros da Defesa britânico e russo, Ben Wallace e Serguei Shoigu, também se encontrarem.